A operação Duas Rodas, deflagrada pela Polícia Rodoviária Federal na região de Miranda do Norte, vem provocando reações “pra lá” de estranhas, esquisitas e enviesadas.
Pior e mais perigosos ainda, além dos protestos e ataques de populares contra a PRF e a Duas Rodas, temos visto autoridades, formadores de opinião e nomes de destaque atacando e criticando a Força Federal e sua atuação, invertendo a situação como se a ação fosse ilegal, um ato criminoso, um atentado praticado contra a população .
Ações deste tipo além de boicotar, fragilizar e desacreditar a manutenção da ordem e da lei na região, coloca em dúvida a legitimidade da PRF na aplicação e fiscalização da legislação de trânsito em vigor em todo o território nacional. Ou será que somos uma província apartada do Brasil?
Há décadas motoristas e motociclistas transitam por Miranda do Norte sem nenhuma preocupação em cumprir a legislação de trânsito vigente ou seguir e observar o que preceitua o Código de Trânsito Brasileiro.
Veículos sem licenciamento, sem placas, condutores sem CNH, menores de idade conduzindo veículos, quatro cinco pessoas transitando em uma motocicleta, condutores e caronas sem EPIs de uso obrigatório - capacete, cinto de segurança -. Um festival de irregularidades cometidos a todo instante em todos os cantos da cidade sem que se ouça ou leia qualquer manifestação de protesto, críticas ou de desaprovação a tais condutas ilegais, tipificadas no CBT e portanto sujeitas a sanções legais.
Em meio a todo esse caldo de hipocrisia, insanidade e ataques à lei e a ordem, há quem tente politizar a Duas Rodas atribuindo ao governador Flávio Dino a atuação da PRF, há quem tente contestar a legitimidade da PRF em atuar na área urbana do município.
A quem interessa boicotar e satanizar o cumprimento de uma operação deflagrada em todo o Brasil por uma força federal? Quais interesses estão por trás de toda essa revolta? essas perguntas precisam ser respondidas para clarear a motivação desses arroubos.
Abimael Costa, 56º, jornalista
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